Decidi compartilhar algumas dicas para quem vai para Sydney, seja para estudar, trabalhar ou somente passear.
É certo que a grande maioria dos brasileiros vai para a Austrália com o intuito de estudar e trabalhar, mas apesar da distância, sempre tem quem vá apenas a passeio.
Eu passei 3 semanas estudando, mas encontrei uma família no avião que, acreditem, ficou apenas 1 semana na Austrália!
Como eu resolvi viajar para a Austrália a apenas 1 mês antes do embarque, acabei não pesquisando muito sobre Sydney. Mas, apesar disto deu tudo certo e não tive nenhum contratempo.
Como todo mundo gosta de uma lista, vou listar 10 itens que acho que podem ajudar.
1 - Dinheiro
Comece a comprar dólares australianos com antecedência, pesquisando todos os dias a flutuação do câmbio. Faça uma conta de quanto pretende gastar, incluindo despesas diárias de transporte e alimentação. Não deixe para comprar dólares na Austrália. Ao contrário dos Estados Unidos e alguns países da Europa, não vi nenhuma casa de câmbio que aceitava moeda brasileira. Em Sydney só encontrei um local que aceitava reais, mas cobravam uma taxa absurda de câmbio. Dentro do HSBC da George Street, na altura de Chinatown, tinha uma casa de câmbio Travelex que aceitava trocar reais.
2 - Acomodação
Já vi muita gente reclamando de Homestay. Eu escolhi ficar numa república de estudantes na City, ou Student House, mais precisamente em um local chamado Link 2. Se você gosta de dormir cedo, não fique nesse lugar. O apartamento fica em cima de um bar e costuma ser bem barulhento até as 4 da manhã. Agora, se você for baladeiro vai gostar.
3 - Transporte
O transporte público é muito bom. Você consegue sair do aeroporto de trem por uma bagatela que varia de 15 a 17 dólares se sua mala não estiver pesada. Se optar por usar o Opal Card, uma espécie de bilhete único, tem a vantagem de andar de graça nos finais de semana, caso utilize o cartão de segunda a quinta-feira.
O pagamento com cartão funciona com um sistema chamado tap on/tap off. Você passa o cartão no totem que faz a leitura quando entra na estação ou nos ônibus e na saída faz a leitura novamente, quando é cobrada a tarifa. Esse sistema permite calcular o valor com base na distância percorrida. Se esquecer de pagar, pode ser pego na próxima viagem pelos cobradores que passam com uma maquininha verificando os cartões dos passageiros.
4 - Comer e beber
Não é muito barato comer em Sydney. Caso não goste de cozinhar, dá pra comer fast food ou comida asiática por até 10 dólares. Mas, se optar por preparar sua própria refeição, a cidade tem grandes redes de supermercados como o Woolworth´s, Cole e Aldi. Sendo este último o que acredito terem os melhores preços.
Ao ir ao supermercado pela primeira vez pode estranhar na hora de pagar. São poucos os checkouts que possuem atendentes, e muitos terminais de auto serviço para pagamento. Aos finais de semana, só o auto atendimento funciona. Você passa a mercadoria pelo leitor de código de barras, escolhe a forma de pagamento na tela e paga. Não tem segredo.
Pra quem é pão duro, dica de ouro: existe um mercado chamado Paddy's Market, próximo à Central Station. Funciona de quarta a domingo. Aos domingos, no final da tarde, eles fazem um saldão de hortifruti vendendo tudo por um dólar. Dá pra economizar uma graninha na hora de preparar a marmita.
Ah, e como uma chocólatra inveterada eu não poderia deixar de comentar: chocolate da Lindt na Austrália não custa o fígado e dá pra manter o vício em grande estilo.
Se você gosta de uma cervejinha, não é na Austrália que você vai se esbaldar. A bebida é cara. Uma tulipa custa em torno de 6 dólares. Se você ganha em dólar, tudo bem. Mas, se vai gastar em real aí complica.
5 - Cosméticos
Essa dica é pra mulherada que gosta de se arrumar e não desce do salto.
O melhor lugar que encontrei na cidade pra comprar cosméticos foi a Priceline. Mas, perde feio pra Ikesaki de São Paulo, em preço e variedade.
Fui comprar acetona e esmalte e quase infartei. Esmalte a 15 dólares e acetona 4 dólares. Fazer a unha em salão, então, nem pensar. Manicure varia de 27 a 40 dólares. Vai vendo.
Portanto, se quiser se manter arrumada em Sydney, melhor levar um kit sobrevivência de casa.
6 - Passeios
Tem muito passeio bom, gratuito e que dá pra ir de transporte público. Portanto, não feche nenhum passeio antes de pesquisar se consegue ir sozinho. Existem pontos de informação para turistas espalhados pela cidade. Você consegue identificá-los por uma placa azul com um 'i' minúsculo bem grande em amarelo. O da Central Station tem vários vouchers de desconto, caso queira fazer passeios pagos, mais caros.
7 - Compras
Sydney não é o paraíso das compras, mas dá pra economizar em alguns itens como câmeras e eletrônicos devido ao câmbio ser menor do que o dólar americano.
Uma dica para quem gosta de fotografia e esqueceu de levar a máquina. Encontrei no shopping Brodway uma loja que aluga máquinas fotográficas por volta de 20 dólares a semana.
8 - Clima
Apesar da temperatura em Sydney não ter grandes variações como em São Paulo, existe uma pequena grande diferença: o vento. O vento gelado no inverno é de matar. Blusa de lá não resolve, tem que ser um tecido que corte o vento. E tem que usar acessórios como luva, gorro e cachecol pra sair na rua, não pra manter o estilo, mas porque senão virá picolé.
Outra diferença que percebi é o clima ser mais seco. Talvez por isso os australianos pareçam ser mais velhos do que na verdade são. Tem que se hidratar, tomar muita água e passar hidratante pra não virar ameixa.
9 - População
Sydney não é tão cheia como São Paulo. Em Sydney você vai ver mais imigrantes do que aussies e a grande maioria de chineses. Em lojas e nas ruas vai ouvir vários sotaques diferentes. a região central é aonde mais se concentram os imigrantes. Chinatown, então, é um pedacinho da China na Austrália. Os chineses são um pouco rudes e não muito amigáveis. Os indianos idem. Mas, a colônia de brasileiros também é bem grande e invariavelmente você vai acabar fazendo amizade com nossos conterrâneos que moram por lá.
10 - Esportes
A Austrália incentiva muito o esporte. Tem muitas piscinas públicas aquecidas e muito boas. Pena que não consegui usar, pois o tempo foi curto.
Se gosta de surf, mas não sabe surfar, aulas por lá são bem comuns.
Vou parar por aqui, mas se tiver mais alguma coisa que valha a pena comentar, mando em outro post.
Beijos!